Didática

Didática 

O que é Didática?

O termo didática foi instituído por Comenius (Jan Amos Komensky) em sua obra Didática Magna (1657), e originalmente significa “arte de ensinar”. Durante séculos, a didática foi entendida como técnicas e métodos de ensino, sendo a parte da pedagogia que respondia somente por “como” ensinar. Os manuais de didática traziam detalhes sobre como os professores deveriam se portar em sala de aula. Tradicionalmente, os elementos da ação didática são: professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégias metodológicas.
A didática é:
uma das disciplinas da Pedagogia que estuda o processo de ensino através de seus componentes – os conteúdos escolares, o ensino e aprendizagem – para, com o embasamento numa teoria da educação formular diretrizes orientadoras da atividade profissional dos professores.
A disciplina de didática deve desenvolver a capacidade crítica dos professores em formação para que os mesmos analisem de forma clara a realidade do ensino. Articular os conhecimentos adquiridos sobre o “como” ensinar e refletir sobre “para quem” ensinar “o que” ensinar e o “por que” ensinar é um dos desafios da didática.
A didática, fundamentada na dialética, é um campo em constante construção/reconstrução, de uma práxis que não tem como objetivo ficar pronta e acabada.









Grandes criadores da Didática
Constata-se que a delimitação da Didática, e a determinação de suas duas partes, constituíram a primeira tentativa que se conhece de agrupar os conhecimentos didáticos. Dessa forma se lhe atribui uma situação superior à da mera prática costumeira, do uso ou do mito. Portanto, a Didática surge graças ás ações desses dois grandes didatas: Ratke e Comênio.
No século XVIII, Jean Jacques Rosseau propôs uma concepção de ensino baseada em um novo conceito de infância. Depois de Ratke e Comênio, Rousseau foi o outro grande didata que surgiu. Rosseau considerava que a valorização da infância está carregada de conseqüências para a pesquisa e a ação didática.
No século XIX, João Frederico Herbart destaca-se no plano didático por defender a idéia da "educação pela instrução". Como didata estabeleceu quatro passos didáticos, que são essências no processo de ensino, ainda hoje.
O primeiro passo é a apresentação da matéria nova; 
O segundo passo é a associação entre as idéias antigas e as novas;
O terceiro, a sistematização do conhecimento com vista à generalização;
E o último a aplicação do conhecimento.
Para alguns estudiosos, Herbart é o pai da Pedagogia, pois teve por mérito torná-la "o ponto central de um círculo de investigação própria".
Outro grande didata foi o norte-americano John Dewey (l859 - l952). Foi como a maioria, muito mais pedagogo que didata, não obstante, foi um destacado representante de uma das tendências do pragmatismo didático. Na didática, sua maior contribuição está no ensino laboral e a relação do ensino com a vida
São os principais criadores da didática :
Ratke e Comênio.
Jean Jacques Rosseau
João Frederico Herbart
John Dewey
Conceito de Didática






Didática
Didática é um ramo da ciência pedagógica que tem como objetivo de ensinar métodos e técnicas que possibilitam a aprendizagem do aluno por parte do professor ou instrutor. É uma disciplina prática ainda que tenha como base as teorias pedagógicas que analisam os métodos mais convenientes a aplicar-se. A didática concretiza estes métodos em situações específicas escolhendo os melhores caminhos em cada caso para chegar a uma determinada meta.












Concepções Didáticas
Tendências Pedagógicas: Liberal e Progressivista
Várias tendências existem para denominar um determinado tipo de aprendizado, entre todas elas estão presentes como atores a figura do professor e do aluno. Esta relação, simbiótica, é fundamental para o aprendizado de todos os integrantes deste processo, pois a troca de conteúdos e idéias é importante para este desenvolvimento, e estão presentes em várias tendências a serem citadas.
Na história da educação, várias foram as tendências que englobaram o processo de ensino e aprendizagem. Dois grandes grupos: a Pedagogia Tradicional e a Pedagogia Progressivista. A adoção de cada uma é relativa, segundo [Libâneo, 1992, Pag. 19] “aos condicionantes sócio-políticos que configuram diferentes concepções de homem e de sociedade e, conseqüentemente, diferentes pressupostos sobre o papel da escola, aprendizagem, relações professor-alunos, técnicas pedagógicas etc”.
A Pedagogia Liberal é representada por tradicional, Renovada Progressivista, Renovada Não-Diretiva e Tecnicista.
A Tendência Liberal Tradicional destaca o professor como o transmissor do condicionamento do aluno a atingir a realização pessoal, através de seu próprio esforço. Neste caso, o foco é a preparação intelectual e moral dos alunos para desempenharem o seu papel na sociedade. A transmissão dos conteúdos é feita de forma cumulativa, a partir dos conteúdos descobertos e criados pelo homem, entretanto sem reconstrução ou questionamento.
A aprendizagem é somente receptiva, automatizada, sem que seja necessário acionar as habilidades mentais do aluno, limitando-se apenas a memorização. Libâneo explana que é predominante a autoridade do professor, este, que exige atitude receptiva dos alunos e desfavorece a comunicação no decorrer da aula. Esta tendência demonstra ineficiência e contradição aos dias atuais.
O intelecto é desligado da realidade social, e enfatiza o estudo dos clássicos e das biografias dos grandes mestres, com repetição de exercícios e memorização, objetivando a criação de hábitos.

Na Tendência Liberal Progressivista, a participação dos alunos e o interesse se caracterizam, onde os conteúdos escolares são organizados em torno de um Centro de Interesse. Seu foco principal é a cognição, ensinando seus alunos a “aprender o aprender”, a estudar, adequando as necessidades individuais às do meio social. Uma característica importante é o aprender fazendo, este, muito valorizado o trabalho em grupo. 
Esta tendência valoriza muito o empírico e o experimentalismo, sendo o professor o auxiliar ou facilitador do aprendizado do aluno, bem como o ajuste de suas necessidades individuais às da sociedade.

A Tendência Renovada Progressista possui como embasamento a teoria de John Dewey, autor que acreditava na idéia da relação entre a teoria e a prática, e na crença em que o conhecimento é construído quando compartilhadas as experiências, em um ambiente democrático, portanto, é indispensável bom relacionamento entre professor e aluno. Os conteúdos são estabelecidos em função de experiências vividas, e são considerados os processos mentais e habilidades cognitivas (Aprender o aprender).
As questões do prático e do pragmatismo são bases, pois seu principal objetivo consiste, segundo Dewey, na aplicação da teoria na prática
A pedagogia Liberal Renovada não-diretiva tem como função viabilizar o processo individual de crescimento do aluno. Nesta tendência, a escola tem o papel de formar atitudes, sendo que o professor deve ser um facilitador, objetivando verificar teorias que abordam esta tendência, e para que isto seja possível, o professor deve aceitar a pessoa do aluno como principal centro de desenvolvimento naquilo que é interesse do mesmo. Nesta tendência, o professor deve atuar como um criador de oportunidades para o aluno, pois uma de suas principais funções é descobrir o potencial de aprendizagem no projeto pelo qual o mesmo se interessa, oferecendo ferramentas e oportunidades que façam com que o aluno tire suas próprias conclusões. Assim, vislumbrando-se (aluno) com suas próprias percepções a realidade.
A Tendência Liberal Tecnicista está baseada na técnica. Teve seu início na década de 1950, com o Programa Brasileiro-Americano de Auxílio ao Ensino Elementar, quando a orientação da escola nova cede lugar a tendência tecnicista.
A preocupação é com a formação de indivíduos para atuarem no mercado de trabalho, mantendo a ordem vigente, o capitalismo. O objetivo é transmitir ao aluno “eficientemente, informações precisas, objetivas e rápidas” (LIBÂNEO, 1992:29). Há alguns exemplos de escolas que se utilizam desta tendência, escolas que oferecem cursos apostilados de digitação, programação, cursos de aprendizagem em instituições como SENAC e SENAI.
A comunicação entre professor e aluno possui um sentido exclusivamente técnico, eficácia da transmissão e conhecimento. Debates, discussões são desnecessários.
A Pedagogia Progressivista é representada por Libertadora, Libertária e Crítica dos Conteúdos, explicadas a seguir.

A Tendência "critico- social dos conteúdos" foca que é papel da escola que o aluno possua olhar crítico da sociedade a qual está inserido, e por meio de sua criticidade, possa ser mais um instrumento de mudanças sociais.     Essa tendência tem por objetivo propagar conteúdos contextualizados, estando em sincronia com a realidade.
A escola faz parte da sociedade, e essa forma gerações para contribuir para a sociedade, Portanto, forma jovens conscientizados e com leitura de mundo. Os conteúdos são repassados, de acordo com a ligação entre o saber e sociedade, não bastando apenas que conteúdos sejam repassados, mais sim que os alunos liguem saber e sociedade como uma forma indissociável. Sua metodologia visa o interesse do aluno.
Consiste no movimento das condições em que professor e alunos possam colaborar para fazer progredir essas trocas. O esforço de elaboração de uma pedagogia dos conteúdos está em propor ensinos voltados para a interação "conteúdos x realidades sociais".
A Tendência pedagógica libertadora tem como inspirador Paulo Freire. Faz parte deste processo alunos jovens e adultos. Considera a educação como o principal meio de transformação social para a população que não obteve o acesso ao ensino em período regular. Sua metodologia é o diálogo entre professor e aluno, extraindo os conteúdos da realidade vivida pelo educando em detrimento dos conteúdos utilizados na educação formal.
O professor deve se adaptar ao nível do aluno para que o aprendizado seja mais satisfatório, e sua relação com o aluno é de cooperação, pois, ambos são sujeitos do ato do conhecimento. A relação de autoridade por ambas as partes é nula. Seu objetivo é construir um cidadão crítico, capaz de entender o contexto o qual está inserido. A educação é de caráter problematizador, ou seja, se dá a partir da codificação da situação problema, envolvendo o conhecimento da realidade, e conseqüente reflexão e crítica.
A Tendência pedagógica libertária possui como principal característica, o estimulo à autogestão, onde o aluno tem a livre escolha sobre quais conteúdos deve estudar, de acordo com sua maior afinidade e sem cobranças por resultados. As matérias são colocadas à disposição dos alunos, porem são estudadas de acordo com o interesse do aluno. Seu objetivo é efetivar a abertura do sistema escolar e criar grupos de pessoas com princípios educativos, com base na participação grupal efetiva.
Nesta tendência, a educação formal é considerada um instrumento impessoal, comprometendo o crescimento dos educados na sociedade. Por isso, é viabilizada a aprendizagem informal via grupo, e dentro desta vivência, cada um dos membros do grupo irá suprir suas necessidades.
As tendências Libertadora e Libertária possuem pontos em comum: ambas valorizam a experiências e perspectivas dos alunos diante a realidade social, propiciando mais valor ao processo de ensino-aprendizagem em grupo. A Tendência Crítico Social, porém, propõe a superação das pedagogias tradicional e renovada, cujo a escola é considerada a mediadora entre o individual e o social.
A proposta de auxiliar a consolidação de um aprender o aprender é parte necessária da educação. Portanto, todas as tendências possuem fundamentos e aplicações, de acordo com as necessidades e épocas, e valorizam a formação de indivíduos ativos na sociedade.
















Planos de aula
A tarefa de professor não é nada fácil, pois exige dos mesmos muita dedicação, planejamento e estudo, pois tudo aquilo que é trabalhado em sala de aula merece ser revisto e bem preparado.
Para montar um plano de aula, o professor deve ir de encontro ao interesse de seus alunos, além dos conteúdos abordados nas séries, exigidos dentro dos Parâmetros Curriculares Nacionais, os PCNs.
Ir para a sala de aula sem preparar um bom material, afeta a qualidade da aula, pois o improviso prejudica no que diz respeito aos materiais necessários para a aula, como fazer experiências concretas, trabalhos de pesquisas, um conhecimento prévio do assunto, dentre vários outros.
O importante é que o professor prepare suas aulas buscando os melhores objetivos para as mesmas, aqueles que irão tornar o conhecimento alcançável aos alunos, além de promover as principais noções de cidadania para os mesmos.
Um plano de aula deve conter as seguintes etapas: 
1 – O tema abordado: o assunto, o conteúdo a ser trabalhado;
 
2 – A justificativa: o motivo de se trabalhar determinado assunto;
 
3 – Os objetivos gerais a serem alcançados: o que os alunos irão conseguir atingir com esse trabalho; com o estudo desse tema;
 
4 – Os objetivos específicos: relacionados a cada uma das etapas de desenvolvimento do trabalho;
 
5 – As etapas previstas: mais precisamente uma previsão de tempo, onde o professor organiza tudo que for trabalhado em pequenas etapas;
 
6 – A metodologia que o professor usará: a forma como irá trabalhar, os recursos didáticos que auxiliarão a promover o aprendizado e a circulação do conhecimento no plano da sala de aula;
 
7 – A avaliação: a forma como o professor irá avaliar, se em prova escrita, participação do aluno, trabalhos, pesquisas, tarefas de casa, etc.
 
8 – A bibliografia: todo o material que o professor utilizou para fazer o seu planejamento. É importante tê-los em mãos, pois caso os alunos precisem ou apresentem interesse, terá como passar as informações.
 
Cada um desses aspectos irá depender das intenções do professor, sendo que este poderá fazer combinados prévios com os alunos, sobre cada um deles.
O importante é dar a oportunidade de o grupo crescer tanto nos conteúdos escolares, aprimorando e enriquecendo seus conceitos, como no seu envolvimento social, a partir da sua participação no mundo como cidadão de bem, responsável e comprometido com um mundo melhor.
Através dessa preocupação e organização, com um trabalho bem elaborado, com certeza a aula se tornará mais agradável e rica, proporcionando maior envolvimento de todos, além dos ótimos resultados para a aprendizagem.

Planos de ensino e planos de curso
O plano de ensino é resultado da reflexão em conjunto, é quando o professor sistematiza suas ideias no documento que orientará sua ação educativa na sala de aula ou outro espaço educativo. Este instrumento é também conhecido como plano de curso, plano de ensino, plano de unidade e plano de aula, ou seja, sua dimensão compreende a periodicidade que o mesmo será abordado. Tanto o plano, como o momento de planejamento, referem-se à reflexão e tomada de decisão do professor e coordenador pedagógico em relação à disciplina em um determinado curso e período. 

Neste contexto, o docente trabalha em dois momentos distintos, quais sejam, um primeiro em que se reúne coletivamente com o conjunto de professores do curso e com o coordenador pedagógico para discussão sobre o perfil do curso, dos alunos, a função formadora da sua disciplina, etc., a partir do PDI e do PPI, bem como o PP do curso em questão. Esta reflexão inicial consiste no planejamento e tem por finalidade auxiliar o professor a definir sua ementa, objetivos, conteúdo, metodologia e avaliação de um modo geral. Tais discussões são retomadas durante o período letivo de acordo com o plano de trabalho do coordenador do curso. Este momento é registrado no plano de curso ou de ensino, conforme o termo utilizado na instituição.

A partir daí, vem o segundo momento, quando o professor opta por elaborar o plano de aula ou de unidade, que consiste em um documento mais específico que será desenvolvido a cada encontro com os alunos, mas sem perder a articulação com o plano de curso ou de ensino, que mais geral, como já afirmamos anteriormente.

Resta fazer a diferenciação entre plano de unidade e plano de aula. O plano de unidade é organizado, como o próprio nome indica, por unidades definidas no plano de ensino/curso. O professor trabalha cada unidade prevista reservando o tempo necessário para seu desenvolvimento desde a apresentação do tema até a conclusão. Este plano tem maior duração porque geralmente abarca mais de uma aula por semana, diferentemente do plano de aula que é organizado aula a aula. Feito este esclarecimento, vamos refletir sobre as diferentes concepções que estes instrumentos tiveram ao longo na educação superior brasileira. 

O planejamento e, consequentemente, o plano de ensino/curso passou por diversas concepções considerando o próprio movimento vivido pela educação brasileira ao longo da sua história. Sabemos que as concepções não se perpetuam e nem se constituem em verdades absolutas, e, portanto são ressignificadas à luz das exigências e necessidades de cada época da história.
















Considerações finais

Na didática temos como conclusão, a base do ensino o caráter profissional e pessoal do professor, a formação do aluno e seu comportamento em sala de aula.
Entre outras palavras, é uma boa relação entre professores, equipes pedagógicas, sociedade e alunos. Tudo isso esta relacionado ao tipo de didática em que o professor se dispõe a usar como plano de aula.
Sem didática o professor se torna uma maquina, sem ética e sentimento em seu trabalho.  



















19:31   11 de agosto de 2013
18:50  11 de agosto de 2013
18:20   11 de agosto de 2013



Nenhum comentário:

Postar um comentário